Vibrações, HSt, Trabalho feito

 

Adérito Adriano

Ana Paula Ussene

Domingos  Chuquela

Haider Miranda

Rufino Ranito

 

Vibrações, HSt, Trabalho feito

 

 

 

TEMA׃Vibrações

                                            Disciplina׃ HST

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Universidade Pedagógica

Maputo

2018


                                

TRABALHO EM GRUPO

 

 

 

TEMA׃VIBRAÇÕES

DOCENTE; ROBERTO S. MACARINGUE

DISCENTES׃ ADERITO ADRIANO

                ANA PAULA USSENE

                DOMINGOS CHUQUELA

                HAIDER MIRANDA

                         RUFINO RANITO       

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Universidade Pedagógica

Maputo

2018

                                              


Vibrações, HSt, Trabalho feito


1.   Introdução

Os estudos e leis trabalhistas vêm sofrendo um constante processo de evolução, principalmente desde o início da revolução industrial, quando grupos sindicalistas começaram a se fortalecer e se comunicar.

Desde a sua implantação, as leis referentes à segurança no trabalho estão cada vez mais rigorosas e a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais é cada vez menor. Mas para haver uma eficácia maior no combate a esses males, é necessária uma política de educação ao trabalhador, de modo que este passe a compreender, obedecer e cooperar com as normas pré-estabelecidas.

Os trabalhadores do sector da construção estão muitas vezes expostos a vibrações durante o desempenho das suas actividades. Além de reduzir o seu desempenho, essas vibrações também prejudicam a sua saúde.

As vibrações decorrentes do uso de ferramentas e máquinas podem ser um produto do próprio funcionamento desses instrumentos. Mas podem também ser causadas por influências externas.

A vibração é normalmente transmitida aos humanos através das mãos, nádegas, costas e pés e é medida em níveis de aceleração.


 

2.   Problema de estudo

O problema de estudo em questão são as vibrações na construção civil e o impacto das vibrações no operário (saúde humana).

3.   Justificativa

Neste trabalho serão desenvolvidos factores de prevenção as vibrações, limites de exposição as vibrações e as suas medidas de controle.

4.   Objectivos

4.1.      Objectivo geral

Controlar o impacto da vibração na construção civil de modo que não prejudique a saúde do operário.

4.2.Obejectivos específicos

O presente trabalho tem como objectivos específicos:

ü  Identificar as principais fontes de vibrações na construção civil;

ü  Identificar os efeitos nocivos da vibração na saúde humana e as doenças causadas pela vibração;

ü  Conhecer os limites de tolerância e limites de exposição as vibrações;

ü  Saber medir a vibração de corpo inteiro ou localizado, conhecer os equipamentos de medição de vibração; e

ü  Medidas de controlo na fonte da vibração na construção civil.

 

5.   Referência teórica

5.1.      Vibrações na Construção Civil

Conceito

É qualquer movimento que se repete, regular ou irregularmente dentro de um intervalo de tempo. Na engenharia civil estes movimentos se processam em elementos de máquinas e em estruturas quando submetidos a acções dinâmicas.

As vibrações podem ter como consequências físicas, o cansaço, irritações, dores nos membros, na coluna, doença do movimento, artrite, problemas no aparelho digestivo, lesões ósseas, circulatórias e dos tecidos moles.

 

 

5.1.1. Fontes de vibrações na Construção Civil

As vibrações normalmente detectadas na indústria são de origem diversa e podem ser classificadas nas seguintes categorias:

Vibrações ligadas aos modos de funcionamento das máquinas e materiais;

Vibrações devidas a defeitos das máquinas.

As principais fontes de vibração na construção civil são as máquinas, tendo estas contacto com o operário elas podem ser prejudiciais a saúde devido ao mau uso, problemas mecânicos da máquina, falta de equipamento de protecção e a falta de cumprimento do limite de exposição, e as principais geradoras dos mesmos são:

Ø  Escavadoras;

Ø  Dumperrs ;

Ø  Compactadores;

Ø  Pavimentadoras;

Ø  Martelos pneumáticos;

Ø  Serras eléctricas

Ø  Escavadoras; e

Ø  Empilhadoras.

 

5.1.2. Frequências das oscilações, Frequências do próprio corpo humano e ressonância

Cada sistema tem uma frequência própria. Quanto mais próxima a frequência excitadora chega à frequência próprio do sistema excitado, maior será a amplitude da oscilação forçada. Com isso, a amplitude da oscilação forçada pode vir a ser maior que a oscilação excitadora. A esta manifestação, como já se viu, chama-se ressonância. De maneira inversa, em cada sistema as oscilações também podem ser diminuídas, fenómeno que se designa por amortecimento. 

Assim, por exemplo, as oscilações verticais das pernas são significativamente amortecidas ao estar em pé. Especialmente forte é o amortecimento dos tecidos do corpo para as frequências de 30 Hz. Assim, com uma frequência de excitação de 35 Hz, as amplitudes das oscilações são reduzidas a 1/2 na mão, no cotovelo a 1/3 e nos ombros. 

As vibrações emitidas por máquinas e equipamentos podem provocar lesões no corpo humano passíveis de serem qualificadas como doenças profissionais. 

Os efeitos da vibração directa sobre o corpo humano podem ser extremamente graves, podendo danificar permanentemente alguns órgãos do corpo humano. Nos últimos anos, diversos pesquisadores têm reunido dados sobre os efeitos fisiológicos e psicológicos das vibrações sobre o trabalhador, como perda de equilíbrio, falta de concentração e visão turva, diminuindo a acuidade visual. As vibrações podem afectar o conforto, reduzir o rendimento do trabalho e causar desordens das funções fisiológicas, dando lugar ao desenvolvimento de doenças quando a exposição é intensa. O homem apercebe-se das vibrações compreendidas entre uma fracção do hertz (Hz) e 1000 Hz, mas os efeitos diferem segundo a frequência

As vibrações transmitem-se ao organismo segundo três eixos espaciais (x, y, z), com características físicas diferentes, e cujo efeito combinado é igual ao somatório dos efeitos parciais, tendo ainda em conta as partes do corpo a elas sujeitas. O resultado desta acção conjunta pode afectar nomeadamente:

 As condições de conforto;

 As condições de segurança e saúde;

 A diminuição da capacidade de trabalho.  

 

5.1.3. Vibrações de corpo inteiro e posições do corpo (em pé, sentado e deitado). Vibrações localizadas.

As que se transmitem ao sistema mão braço, durante o manuseamento de materiais em vibração, ou de ferramentas e máquinas (ex: martelos pneumáticos ou serras eléctricas). As que se transmitem ao corpo inteiro, quando a superfície de suporte corporal está em vibração (ex.: escavadoras ou empilhadoras). Não causam danos ao nível dos órgãos preceptores, mas provocam desconforto e mau estar nos indivíduos durante a sua rotina. A exposição directa a vibrações pode ser extremamente grave, podendo danificar permanentemente alguns órgãos do corpo humano. As vibrações podem afectar o conforto, reduzir o rendimento do trabalho e causar desordens das funções fisiológicas, dando lugar ao desenvolvimento de doenças quando a exposição é intensa.

http://www.4work.pt/cms/uploads/RTEmagicC_efeitos_das_vibracoes_01.JPG.jpg

 

5.1.4.Efeitos nocivos da vibração na saúde humana. Doenças causadas pela vibração.

As consequências das vibrações no corpo humano dependem essencialmente dos seguintes factores:

Ø  Pontos de aplicação no corpo;

Ø  Frequência das oscilações;

Ø  Aceleração das oscilações;

Ø  Duração da acção;

Ø  Frequência própria e ressonância.

A repetição diária das exposições a vibrações no local de trabalho pode levar a modificações doentias das partes do corpo atingidas. O tipo de doença é diferente para as duas partes do corpo mais sujeitas às vibrações: • as oscilações verticais, que penetram no corpo que está sentado ou de pé sobre bases vibratórias (veículos), levam preferencialmente a manifestações de desgaste na coluna vertebral;

 As oscilações de ferramentas motorizadas geram maioritariamente modificações doentias nas mãos e braços. 

As consequências das vibrações mecânicas transmitidas a todo o corpo reflectem-se sobretudo ao nível da coluna vertebral com o aparecimento de hérnias, lombalgias, etc, e podem ser classificadas em duas categorias correspondentes a duas classes de frequências vibratórias: 

Ø  As vibrações de muito baixas frequências (inferiores a 1 Hz) o mecanismo de acção destas vibrações centra-se nas variações de aceleração provocadas no aparelho vestibular do ouvido, sendo responsáveis pelo "mal dos transportes" que se manifesta por náuseas e por vómitos.

Ø  As vibrações de baixas e médias frequências (de alguns Hertz a algumas dezenas de Hertz) correspondem perturbações de tipos diferentes

 

5.1.5.Limites de tolerância e Limite de exposição

Ø  Avaliação dos riscos: nas actividades susceptíveis de apresentar riscos de exposição a vibrações mecânicas, o empregador deve avaliar e, se necessário, medir os níveis de vibrações a que os trabalhadores se encontram expostos. A avaliação dos riscos deve ser actualizada sempre que haja alterações significativas que possam desactualizá-la, nomeadamente a criação ou modificação de postos de trabalho, ou se o resultado da vigilância da saúde demonstrar a necessidade de nova avaliação. No entanto, sempre que seja excedido um valor limite de exposição, a periodicidade mínima da avaliação dos riscos é de dois anos.

Ø  Medição do nível de vibrações: A medição do nível de vibrações mecânicas deve ser realizada por entidade acreditada, considerando-se como tal a entidade reconhecida pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC), com conhecimentos teóricos e práticos, bem como experiência suficiente para realizar ensaios, incluindo a medição dos níveis de exposição a vibrações.

Ø  Vigilância da saúde: O empregador deve assegurar a vigilância adequada da saúde dos trabalhadores em relação aos quais o resultado da avaliação revele a existência de riscos, com vista à prevenção e ao diagnóstico precoce de qualquer afecção relacionada com a exposição a vibrações mecânicas.

http://www.4work.pt/cms/uploads/RTEmagicC_VLE_Vibracoes.JPG.jpg

 

 

5.1.6.Medição da vibração de corpo inteiro. Medição de vibração localizada. Equipamentos de medição de vibração

A regra fundamental é combater prioritariamente o estado de ressonância. O controlo das vibrações pode ser basicamente conseguido por 3 processos:

Ø  Redução das vibrações na origem;

Ø  Diminuição da transmissão de energia mecânica a superfícies potencialmente irradiantes;

Ø  Redução da amplitude de vibração das superfícies irradiantes atrás referidas.  

1.   Redução das vibrações na origem 

O controlo de vibrações na origem é geralmente eficiente, mas pode não ser exequível se requerer novo desenho do equipamento ou uma modificação onerosa.

 A primeira providência em relação às vibrações é tentar reduzi-las junto à fonte. Deve-se estudar particularmente as vibrações que provocam ressonâncias.

Em outros casos, as vibrações também podem ser eliminadas por meio de lubrificações e manutenções periódicas das máquinas e equipamentos, ou colocando-se calços de borracha observadores de vibrações.  

2.   Isolar a fonte Quando não for possível eliminar a fonte, esta pode ser isolada, para que o trabalhador não entre em contacto directo com ela. Esse isolamento pode ser feito pela distância, afastando-se a fonte ou usando-se algum tipo de material isolante para enclausurar a fonte de vibrações.

Um forma parcial de isolar a fonte é conseguida evitando-se as pegas muito apertadas, sempre que não for necessário transmitir força para as ferramentas manuais. 

3.   Controlo da transmissão Quando não se pode agir sobre os esforços excitadores é necessário actuar sobre a transmissão. O controlo de vibrações através de alterações no percurso de transmissão pode revestir duas formas:

Suprimir o meio transmissor (e.g. separa uma cabina duma estrutura vibrátil - anteriormente solidárias).

Realizar montagens anti-vibratórias:

Introdução de elementos resilientes, tais como molas ou apoios em borracha (ou ainda em fibra de vidro ou cortiça) que reduzem a transmissão de energia vibratória;

Tratamento amortecedor dos elementos estruturais que compõem o percurso de transmissão, de modo a absorver parte da energia vibratória produzida. 

4.   Redução da amplitude das vibrações A redução da vibração de superfícies irradiantes consegue-se através da adição de massas àquelas superfícies.

Os instrumentos mais utilizados para a medição das vibrações são:

1.   Acelerómetros

 Este equipamento de medição consta geralmente de:

ü  Um transdutor (ou captador);

ü  Um dispositivo de amplificação (eléctrico, mecânico ou ótico);

ü  Um indicador ou registador de amplitude ou de nível.

2.   Analisadores de frequência.

6.    Conclusão

Acidentes do trabalho e doenças ocupacionais são calamidades que podem ser combatidas, porém a garantia de segurança nunca é certa. A eficácia da segurança em obra é feita através da prevenção e da consciencialização dos funcionários nela envolvidos. Com uma união perfeita destes dois factores, minimiza-se a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais.  

A consciencialização dos funcionários é algo que deve fazer parte do dia-a-dia na obra, através de cartazes, quadros de avisos, jornais periódicos, profissionais responsáveis pelo zelo da segurança, e também palestras periódicas reforçando o tema e orientando os trabalhadores quanto às medidas a serem tomadas colectivamente e individualmente.

 


 

7.   Referências Bibliográficas

Manuais Consultados:

Ø  DIDELET, F. e GANÇO, M. (2012), Manual de apoio de Identificação de Perigos e Avaliação de Riscos. 20ª Edição da Pós-graduação do Módulo V em SHT, Instituto Politécnico de Setúbal;

Ø  FREITAS, L. (2008). Segurança e Saúde do Trabalho. Sílabo, Lisboa;

Ø  LIMA, P. (2012). Manual de apoio de Gestão da Prevenção. 20ª Edição da Pós-graduação do Módulo X em SHT, Instituto Politécnico de Setúbal;

Ø  MIGUEL, A.(2010). Manual de Higiene e Segurança do Trabalho. 11ª Edição, Porto, Porto Editora.

Ø  SANTOS, N. (2012). Manual de apoio de Segurança do Trabalho: Riscos elétricos. 20ª

Edição da Pós-graduação do Módulo VIII em SHT, Instituto Politécnico de Setúbal;

Ø  ACT - http://www.act.gov.pt/; consultado por diversas vezes;

Ø  Ambigroup - http://www.ambigroup.com/; consultado dia 25 de Maio de 2016;

Diário da República - http://www.dre.pt/; consultado por diversas vezes;

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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