Adérito Adriano
Ana Paula Ussene
Domingos Chuquela
Haider Miranda
Rufino Ranito
TEMA׃Vibrações
Disciplina׃ HST
Universidade Pedagógica
Maputo
2018
TRABALHO
EM GRUPO
TEMA׃VIBRAÇÕES
DOCENTE; ROBERTO S. MACARINGUE
DISCENTES׃ ADERITO ADRIANO
ANA
PAULA USSENE
DOMINGOS
CHUQUELA
HAIDER
MIRANDA
RUFINO RANITO
Universidade Pedagógica
Maputo
2018
Índice
5.1. Vibrações na Construção Civil
5.1.1........................... Fontes de
vibrações na Construção Civil
5.1.2. Frequências
das oscilações, Frequências do próprio corpo humano e ressonância
5.1.4. Efeitos
nocivos da vibração na saúde humana. Doenças causadas pela vibração.
5.1.5....................... Limites de
tolerância e Limite de exposição
1. Introdução
Os estudos e leis trabalhistas vêm
sofrendo um constante processo de evolução, principalmente desde o início da
revolução industrial, quando grupos sindicalistas começaram a se fortalecer e
se comunicar.
Desde a sua implantação, as leis
referentes à segurança no trabalho estão cada vez mais rigorosas e a ocorrência
de acidentes e doenças ocupacionais é cada vez menor. Mas para haver uma
eficácia maior no combate a esses males, é necessária uma política de educação
ao trabalhador, de modo que este passe a compreender, obedecer e cooperar com
as normas pré-estabelecidas.
Os trabalhadores do sector da
construção estão muitas vezes expostos a vibrações durante o desempenho das
suas actividades. Além de reduzir o seu desempenho, essas vibrações também prejudicam
a sua saúde.
As vibrações decorrentes do uso de
ferramentas e máquinas podem ser um produto do próprio funcionamento desses
instrumentos. Mas podem também ser causadas por influências externas.
A vibração é normalmente transmitida
aos humanos através das mãos, nádegas, costas e pés e é medida em níveis de
aceleração.
2. Problema de estudo
O
problema de estudo em questão são as vibrações na construção civil e o impacto
das vibrações no operário (saúde humana).
3. Justificativa
Neste
trabalho serão desenvolvidos factores de prevenção as vibrações, limites de
exposição as vibrações e as suas medidas de controle.
4.
Objectivos
4.1.
Objectivo geral
Controlar o impacto da vibração na
construção civil de modo que não prejudique a saúde do operário.
4.2.Obejectivos
específicos
O presente trabalho tem como objectivos
específicos:
ü Identificar as principais fontes de
vibrações na construção civil;
ü Identificar os efeitos nocivos da vibração
na saúde humana e as doenças causadas pela vibração;
ü Conhecer os limites de tolerância e
limites de exposição as vibrações;
ü Saber medir a vibração de corpo inteiro
ou localizado, conhecer os equipamentos de medição de vibração; e
ü Medidas de controlo na fonte da
vibração na construção civil.
5. Referência teórica
5.1. Vibrações
na Construção Civil
Conceito
É qualquer movimento que se repete,
regular ou irregularmente dentro de um intervalo de tempo. Na engenharia civil
estes movimentos se processam em elementos de máquinas e em estruturas quando
submetidos a acções dinâmicas.
As vibrações podem ter como
consequências físicas, o cansaço, irritações, dores nos membros, na coluna,
doença do movimento, artrite, problemas no aparelho digestivo, lesões ósseas,
circulatórias e dos tecidos moles.
5.1.1.
Fontes
de vibrações na Construção Civil
As vibrações normalmente detectadas na
indústria são de origem diversa e podem ser classificadas nas seguintes
categorias:
Vibrações ligadas aos modos de
funcionamento das máquinas e materiais;
Vibrações devidas a defeitos das máquinas.
As principais fontes de vibração na
construção civil são as máquinas, tendo estas contacto com o operário elas
podem ser prejudiciais a saúde devido ao mau uso, problemas mecânicos da
máquina, falta de equipamento de protecção e a falta de cumprimento do limite
de exposição, e as principais geradoras dos mesmos são:
Ø Escavadoras;
Ø Dumperrs ;
Ø Compactadores;
Ø Pavimentadoras;
Ø Martelos pneumáticos;
Ø Serras eléctricas
Ø Escavadoras; e
Ø Empilhadoras.
5.1.2.
Frequências
das oscilações, Frequências do próprio corpo humano e ressonância
Cada sistema tem uma frequência
própria. Quanto mais próxima a frequência excitadora chega à frequência próprio
do sistema excitado, maior será a amplitude da oscilação forçada. Com isso, a
amplitude da oscilação forçada pode vir a ser maior que a oscilação excitadora.
A esta manifestação, como já se viu, chama-se ressonância. De maneira inversa,
em cada sistema as oscilações também podem ser diminuídas, fenómeno que se
designa por amortecimento.
Assim, por exemplo, as oscilações
verticais das pernas são significativamente amortecidas ao estar em pé.
Especialmente forte é o amortecimento dos tecidos do corpo para as frequências
de 30 Hz. Assim, com uma frequência de excitação de 35 Hz, as amplitudes das oscilações
são reduzidas a 1/2 na mão, no cotovelo a 1/3 e nos ombros.
As vibrações emitidas por máquinas e
equipamentos podem provocar lesões no corpo humano passíveis de serem
qualificadas como doenças profissionais.
Os efeitos da vibração directa sobre o
corpo humano podem ser extremamente graves, podendo danificar permanentemente
alguns órgãos do corpo humano. Nos últimos anos, diversos pesquisadores têm
reunido dados sobre os efeitos fisiológicos e psicológicos das vibrações sobre
o trabalhador, como perda de equilíbrio, falta de concentração e visão turva,
diminuindo a acuidade visual. As vibrações podem afectar o conforto, reduzir o
rendimento do trabalho e causar desordens das funções fisiológicas, dando lugar
ao desenvolvimento de doenças quando a exposição é intensa. O homem apercebe-se
das vibrações compreendidas entre uma fracção do hertz (Hz) e 1000 Hz, mas os
efeitos diferem segundo a frequência
As vibrações transmitem-se ao organismo
segundo três eixos espaciais (x, y, z), com características físicas diferentes,
e cujo efeito combinado é igual ao somatório dos efeitos parciais, tendo ainda
em conta as partes do corpo a elas sujeitas. O resultado desta acção conjunta
pode afectar nomeadamente:
As condições de conforto;
As condições de segurança e saúde;
A diminuição da capacidade de trabalho.
5.1.3. Vibrações de corpo inteiro e posições do corpo (em pé,
sentado e deitado). Vibrações localizadas.
As que se
transmitem ao sistema mão braço,
durante o manuseamento de materiais em vibração, ou de ferramentas e máquinas
(ex: martelos pneumáticos ou serras eléctricas). As que se transmitem ao corpo inteiro, quando a superfície de
suporte corporal está em vibração (ex.: escavadoras ou empilhadoras). Não
causam danos ao nível dos órgãos preceptores, mas provocam desconforto e mau
estar nos indivíduos durante a sua rotina. A exposição directa a vibrações pode
ser extremamente grave, podendo danificar permanentemente alguns órgãos do
corpo humano. As vibrações podem afectar o conforto, reduzir o rendimento do
trabalho e causar desordens das funções fisiológicas, dando lugar ao
desenvolvimento de doenças quando a exposição é intensa.
5.1.4.Efeitos
nocivos da vibração na saúde humana. Doenças causadas pela vibração.
As consequências das vibrações no corpo
humano dependem essencialmente dos seguintes factores:
Ø Pontos de aplicação no corpo;
Ø Frequência das oscilações;
Ø Aceleração das oscilações;
Ø Duração da acção;
Ø Frequência própria e ressonância.
A repetição diária das exposições a
vibrações no local de trabalho pode levar a modificações doentias das partes do
corpo atingidas. O tipo de doença é diferente para as duas partes do corpo mais
sujeitas às vibrações: • as oscilações verticais, que penetram no corpo que
está sentado ou de pé sobre bases vibratórias (veículos), levam
preferencialmente a manifestações de desgaste na coluna vertebral;
As oscilações de ferramentas motorizadas geram
maioritariamente modificações doentias nas mãos e braços.
As consequências das vibrações
mecânicas transmitidas a todo o corpo reflectem-se sobretudo ao nível da coluna
vertebral com o aparecimento de hérnias, lombalgias, etc, e podem ser
classificadas em duas categorias correspondentes a duas classes de frequências
vibratórias:
Ø As vibrações de muito baixas
frequências (inferiores a 1 Hz) o mecanismo de acção destas vibrações centra-se
nas variações de aceleração provocadas no aparelho vestibular do ouvido, sendo
responsáveis pelo "mal dos transportes" que se manifesta por náuseas
e por vómitos.
Ø As vibrações de baixas e médias
frequências (de alguns Hertz a algumas dezenas de Hertz) correspondem
perturbações de tipos diferentes
5.1.5.Limites
de tolerância e Limite de exposição
Ø Avaliação dos riscos: nas actividades susceptíveis de
apresentar riscos de exposição a vibrações mecânicas, o empregador deve avaliar
e, se necessário, medir os níveis de vibrações a que os trabalhadores se
encontram expostos. A avaliação dos riscos deve ser actualizada sempre que haja
alterações significativas que possam desactualizá-la, nomeadamente a criação ou
modificação de postos de trabalho, ou se o resultado da vigilância da saúde
demonstrar a necessidade de nova avaliação. No entanto, sempre que seja
excedido um valor limite de exposição, a periodicidade mínima da avaliação dos
riscos é de dois anos.
Ø Medição do nível de vibrações: A medição do nível de vibrações
mecânicas deve ser realizada por entidade acreditada, considerando-se como tal
a entidade reconhecida pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC), com
conhecimentos teóricos e práticos, bem como experiência suficiente para
realizar ensaios, incluindo a medição dos níveis de exposição a vibrações.
Ø Vigilância da saúde: O empregador deve assegurar a
vigilância adequada da saúde dos trabalhadores em relação aos quais o resultado
da avaliação revele a existência de riscos, com vista à prevenção e ao
diagnóstico precoce de qualquer afecção relacionada com a exposição a vibrações
mecânicas.
5.1.6.Medição
da vibração de corpo inteiro. Medição de vibração localizada. Equipamentos de
medição de vibração
A regra fundamental é combater
prioritariamente o estado de ressonância. O controlo das vibrações pode ser
basicamente conseguido por 3 processos:
Ø Redução das vibrações na origem;
Ø Diminuição da transmissão de energia
mecânica a superfícies potencialmente irradiantes;
Ø Redução da amplitude de vibração das
superfícies irradiantes atrás referidas.
1.
Redução
das vibrações na origem
O controlo de vibrações na origem é
geralmente eficiente, mas pode não ser exequível se requerer novo desenho do equipamento
ou uma modificação onerosa.
A primeira providência em relação às vibrações
é tentar reduzi-las junto à fonte. Deve-se estudar particularmente as vibrações
que provocam ressonâncias.
Em outros casos, as vibrações também
podem ser eliminadas por meio de lubrificações e manutenções periódicas das
máquinas e equipamentos, ou colocando-se calços de borracha observadores de
vibrações.
2.
Isolar
a fonte Quando não for possível eliminar a fonte, esta pode ser isolada, para
que o trabalhador não entre em contacto directo com ela. Esse isolamento pode
ser feito pela distância, afastando-se a fonte ou usando-se algum tipo de
material isolante para enclausurar a fonte de vibrações.
Um forma parcial de isolar a fonte é
conseguida evitando-se as pegas muito apertadas, sempre que não for necessário
transmitir força para as ferramentas manuais.
3.
Controlo
da transmissão Quando não se pode agir sobre os esforços excitadores é
necessário actuar sobre a transmissão. O controlo de vibrações através de
alterações no percurso de transmissão pode revestir duas formas:
Suprimir o meio transmissor (e.g.
separa uma cabina duma estrutura vibrátil - anteriormente solidárias).
Realizar montagens anti-vibratórias:
Introdução de elementos resilientes,
tais como molas ou apoios em borracha (ou ainda em fibra de vidro ou cortiça)
que reduzem a transmissão de energia vibratória;
Tratamento amortecedor dos elementos
estruturais que compõem o percurso de transmissão, de modo a absorver parte da
energia vibratória produzida.
4.
Redução
da amplitude das vibrações A redução da vibração de superfícies irradiantes
consegue-se através da adição de massas àquelas superfícies.
Os instrumentos mais utilizados para a
medição das vibrações são:
1.
Acelerómetros
Este equipamento de medição consta geralmente
de:
ü Um transdutor (ou captador);
ü Um dispositivo de amplificação (eléctrico,
mecânico ou ótico);
ü Um indicador ou registador de amplitude
ou de nível.
2.
Analisadores
de frequência.
6.
Conclusão
Acidentes do trabalho e doenças ocupacionais
são calamidades que podem ser combatidas, porém a garantia de segurança nunca é
certa. A eficácia da segurança em obra é feita através da prevenção e da
consciencialização dos funcionários nela envolvidos. Com uma união perfeita
destes dois factores, minimiza-se a ocorrência de acidentes e doenças
ocupacionais.
A consciencialização dos funcionários é
algo que deve fazer parte do dia-a-dia na obra, através de cartazes, quadros de
avisos, jornais periódicos, profissionais responsáveis pelo zelo da segurança,
e também palestras periódicas reforçando o tema e orientando os trabalhadores
quanto às medidas a serem tomadas colectivamente e individualmente.
7.
Referências Bibliográficas
Manuais
Consultados:
Ø DIDELET, F. e GANÇO, M. (2012), Manual
de apoio de Identificação de Perigos e Avaliação de Riscos. 20ª Edição da
Pós-graduação do Módulo V em SHT, Instituto Politécnico de Setúbal;
Ø FREITAS, L. (2008). Segurança e
Saúde do Trabalho. Sílabo, Lisboa;
Ø LIMA, P. (2012). Manual de apoio de
Gestão da Prevenção. 20ª Edição da Pós-graduação do Módulo X em SHT,
Instituto Politécnico de Setúbal;
Ø MIGUEL, A.(2010). Manual de Higiene
e Segurança do Trabalho. 11ª Edição, Porto, Porto Editora.
Ø SANTOS, N. (2012). Manual de apoio
de Segurança do Trabalho: Riscos elétricos. 20ª
Edição da Pós-graduação do Módulo VIII
em SHT, Instituto Politécnico de Setúbal;
Ø ACT - http://www.act.gov.pt/;
consultado por diversas vezes;
Ø Ambigroup - http://www.ambigroup.com/;
consultado dia 25 de Maio de 2016;
Diário da República -
http://www.dre.pt/; consultado por diversas vezes;
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