Ruído, Hst

 

 

Alexandre Balane

Amaral Sitoe

Dercio Machava

Gerson Anibal

Jeremias Zavale

 

 

Higiene e Seguransa no Trabalho

(Eng. Civil/ 2 Semestre)

 

Ruído

 

 

Ruído, Hst

 

 

Universidade Pedagógica

(ESTEC)

 

 

 

 

 

 

Maputo, 21 de Setembro de 2018

 

 

 

 

Alexandre Balane

Amaral Sitoe

Dercio Machava

Gerson Anibal

Jeremias Zavale

                    

 

 

 

 

 

 

 

Apresentação do trabalho de pesquisa sobre Ruído, direcionado ao docente …………………. Para efeitos de avaliação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Universidade Pedagógica

(ESTEC)

 

 

 

Maputo, 21 de Setembro de 2018

Indice:

Introdução…………………………………………………………………4

Ruído……………………………………………………………………….5

Fontes de ruído na construção civil…………………………….…………5

Doenças causadas pelo ruído……………………………………..……….5

Ruído de Impacto………………………………………………….………6

Danos a saúde no geral……………………………………………………6

Perda auditiva temporária………………………………………………..6

Perda auditiva permanente………………………………………….……6

Legislação sobre Ruído em Portugal..........................................................7

Ruído Contínuo e Intermitente……………………………………..…….7

Ruído Contínuo…………………………………………………..………..7

Ruído Intermitente………………………………………………………..8

Nível de Pressão Sonora.............................................................................8

Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente…………9

Medição de ruído…………………………………………………………12

Decíbelimetro…………………………………………………………..…12

Sonómetro...................................................................................................12

Medidas de Controle na Fonte………………………………………..…13

Controle do Ruído......................................................................................13

Causas mecânicas dos ruídos.....................................................................14

Ruídos pneumáticos....................................................................................15

Os Protectores Individuais.........................................................................16

 

 

 

 

Introdução:

O ruído tem sido um grande e grave problema, causador de danos na saúde humana, nos locais de trabalho e na sociedade em geral.

O ruído é considerado um incómodo para o trabalho e para as comunicações verbais e

sonoras. Pode provocar fadiga auditiva e, em casos extremos, surdez (devido a lesões

irreversíveis do ouvido interno) para além de diversas alterações fisiológicas.Um em cada cinco trabalhadores Moçambicano tem de erguer a voz para se fazer ouvir

durante, pelo menos, metade do tempo que passa no trabalho, e 7% dos trabalhadores

Moçambicano sofrem de dificuldades auditivas relacionadas com o trabalho.A existência de níveis significativos de ruído em ambiente de trabalho continua a ser

um dos factores perturbadores com maior repercussão nas condições de trabalho e, em

grande parte das situações, no resultado da actividade produtiva. Com efeito, num vasto

leque de actividades, lidamos com processos produtivos em que a produção de ruído é

inevitável, podendo, no entanto, controlar-se os seus níveis dentro de parâmetros

razoáveis, de forma a não expor as pessoas a riscos indesejáveis e a contribuir para um

ambiente laboral mais propício a um bom desempenho humano.


 

Ruído

Considera-se ruído o conjunto de sons susceptíveis de adquirir para o homem um

carácter afectivo desagradável e/ou intolerável, devido sobretudo aos incómodos, à

fadiga, à perturbação e não à dor que pode produzir. Todos os sons que possam causar a perda de audição ou ser nocivos para a saúde ou perigosos de qualquer forma. Quando uma fonte sonora, como um diapasão, vibra, provoca variações de pressão no ar ambiente, que se sobrepõem à pressão do ar. Comparada com a pressão do ar (em Pascal), a variação da pressão sonora é perceptível pelo ouvido humano na gama de 20mPa a 100 Pa, para um indivíduo médio em plena posse das suas capacidades auditivas.

Ruído é qualquer som indesejavel que perturba, tanto de forma psicológica como de forma  física para todo aquele que o ouve.

O ruído varia na suacomposição naquilo que se refere a frequência, intensidade e duração.

O ruído comopoluição sonora, pode causar efeitos nocivos a saúde como incomodidade, que podem derivar em perturbações psicológicas ou fisiológicas, que normalmente estão associadasem reações de estresse, alterações de níveis considerados no humor, falta de  consentração, graves desturbios cardiovasculares.

O ruído e responsável por problemas graves no aparelho auditivo capaz de perfurar  o timpano a uma surdez parcial ou total.

Fontes de ruído na construção civil

A construção civil tem sido a maior causadora de ruídos na sociedade.

Geralmente os ruídos na construção civil são causados pelas máquinas usadas na construção, dentre elas: compactadoras, escavadoras, dumpex, etc.

É imperioso que os trabalhadores de constução usem os seus equipamentos de proteção (EPI), para que se possam evitar graves danos de saúde( audição, dor de cabeça, falta de concentração, etc), causadas pelo ruído das maqunas de construção.

Doenças causadas pelo ruído

Estudos realizados em várias partes do mundo, estimam que 25% da população trabalhadora esta sujeita a problemas e a esposição ao ruído. E a terceira causadora de doenças pcuaacionais.

 

 

Danos a saúde no geral

No entanto os problemas causados  pela exposição ruído no ambiente laboral ultrapassam os juízos para a audição.

O ruído elevado, afecta a saúde em geral, causando problemas gásticos, dor de cabeça, cardiácos, insônia, estresse, irritabilidade, diminuição d concentração, entre outros.

O ruído causa perdas auditivas tempor’arias e também permanentes.

Ø  Perda auditiva temporária: É geralmente experimentada como um incômodo temporário na audição após se pôr a altos ruídos. A audição irá ser recuperada dependendo do nível do ruído e da exposição.

Ø  Perda auditiva permanente: Só experimentada apos 48h de exposição a ruídos excesivos. Pode tambem ocorrer a níveis de ruído muito intenso em pouco período de tempo.

Legislação sobre Ruído em Portugal

A história legislativa referente à exposição ocupacional ao ruído está intimamente ligada à própria legislação sobre as condições de trabalho em geral. Assim, a primeira referência surge na Portaria nº 53/71, de 3 de Fevereiro, que aprova o Regulamento Geral de Segurança e Higiene nos Estabelecimentos Industriais, posteriormente alterada pela Portaria nº 702/80, de 22 de Setembro. A exposição ao ruído, ou de uma forma geral a agentes físicos, é ainda abordada no Decreto-Lei

nº347/93, de 1 de Outubro e Portaria nº 987/93, de 6 de Outubro, ambos relativos às prescrições mínimas de segurança e saúde nos locais de trabalho.

No entanto, em matéria de ruído é necessário distinguir duas áreas: a da poluição sonora susceptível de causar incomodidade no ambiente, e a das questões relativas ao ruído ocupacional.

A primeira - que se denomina, comummente, ruído ambiente - refere-se à salvaguarda da saúde humana e ao bem-estar das populações, enquanto receptoras de ruído emitido por fontes susceptíveis de causar incomodidade, tais como obras de construção civil; estabelecimentos industriais; equipamentos para utilização no exterior; infra-estruturas de transporte, veículos e tráfego; actividades temporárias (espectáculos, feiras, entre outras), sistemas sonoros de alarmes e ruído de vizinhança.

Já a segunda visa a salvaguarda da saúde dos trabalhadores, e denomina-se ruído ocupacional.

O ruído é reconhecido como um dos principais factores de degradação da saúde e do bem-estar das populações pelo que o Governo, acompanhando a crescente consciencialização social deste problema, tem aprovado legislação cada vez maisexigente nesta matéria.

 

Ruído Contínuo e Intermitente
Ruído Contínuo e Intermitente são aqueles que não são de Impacto. Conceituando melhor, podemos dizer que Ruído Contínuo é aquelecujo NPS varia em até 3 dB durante períodos superiores a 15 minutos. Ou seja, não obtém interrupções, como exemplo, o ruído de uma sirene. O RuídoIntermitente é aquele cujo Nível de Pressão Sonora(NPS) com variação de até3 dB em períodos entre 0,2 segundos e 15 minutos. Ou seja, há algumas interrupções, como exemplo, o ruído de uma britadeira.
Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação. Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a máxima exposição diária permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado.

Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos.

Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, de forma que, se a soma das seguintes fracções:

                       C1 + C2 + C3 ____________________ + Cn

                       T1    T2     T3                                             Tn

exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância.

Na equação acima, Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico, e Tn indica a máxima exposição diária permissível a este nível, segundo o Quadro deste Anexo.

As actividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem protecção adequada, oferecerão risco grave e iminente.

Ruído de Impacto

Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.

Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de pressão sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB (LINEAR). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo.Em caso de não se dispor de medidor de nível de pressão sonora com circuito de resposta para impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação "C". Neste caso, o limite de tolerância será de 120 dB(C).

As actividades ou operações que exponham, os trabalhadores, sem protecção adequada, a níveis de ruído de impacto superiores a 140 dB (LINEAR), medidos no circuito de resposta para impacto, ou superiores a 130 dB (C), medidos no circuito de resposta rápida (FAST), oferecerão risco grave e iminente.

 

Nível de Pressão Sonora

O nível de pressão sonora é uma medida para determinar o grau de potência de uma onda sonora. É determinada pela amplitude da onda sonora por duas razões: pela sensibilidade do ouvido às variações de pressão, e por ser uma quantidade simples de ser medida. A unidade internacional do nível de pressão sonora é o decibel (dB).

O ouvido humano consegue perceber uma faixa muito ampla de intensidades sonoras, cerca de 10 12 {\displaystyle 10^{12}}1012. Por causa disso, tornou-se mais viável utilizar o conceito de nível de pressão sonora, dado em escala logarítmica, do que intensidade. Sendo assim, o nível de pressão sonora (em dB) é dado por

β = 10 d B log ( I I 0 ) {\displaystyle \beta =10dB*\log \left({\frac {I}{I_{0}}}\right)}

em que I {\displaystyle I} I é a intensidade medida e I 0 {\displaystyle I_{0}} I0é uma intensidade de referência (aproximadamente, a mínima intensidade percebida por um ser humano médio) dada por

I0 = 10-12W/m2I 0 = 10 − 12 W / m 2 {\displaystyle I_{0}=10^{-12}W/m^{2}}

Exemplos de nível de pressão sonora

SPL

Som

190 dB

Armas pesadas (10 m atrás da arma)

180 dB

Arma de brinquedo (disparada perto do ouvido)

170 dB

Tapa no ouvido

160 dB

Golpe de martelo em chapa de aço ou tubo de latão (1 m de distância)

150 dB

Golpe de martelo em uma forja (5 m de distância)

130 dB

Explosão; bater de palmas forte (1 m de distância)

120 dB

Decolagem de avião (60 m de distância); apito ou assobio forte (1 m de distância)

Limiar da dor, curta exposição pode gerar danos auditivos

110 dB

Boate cheia; sirene (10 m de distância); violino perto do ouvido do músico em um concerto

100 dB

Grito (1,5 m de distância); música alta em auriculares de ouvido

90 dB

Caminhão a diesel 80 km/h (15 m de distância);

Risco de danos auditivos se escutado por 40 h/semana ou mais

80 dB

Tráfego de veículos pesados (7,5 m de distância) ou de uma via expressa (25 m de distância)

70 dB

Secador de cabelo (1 m de distância); ruído de uma rua principal (distância da calçada)

60 dB

Conversação normal (1 m de distância); cortador de grama barulhento (10 m de distância)

50 dB

Chilro de um pássaro (15 m de distância)

40 dB

Ruído de dia comum

Ruído capaz de distrair no aprendizado e dificultar a concentração

30 dB

Ventilador silencioso em velocidade baixa (1 m de distância); tic-tac de relógio

20 dB

 

Interior de uma casa a noite; ruído da respiração (1 m de distância)

10 dB

Sussurro

0 dB

Limiar da audição

 

Avaliação da exposição do ruído

Dose

Onde:
D =
 Dose de ruído (unidade ou em percentual)
Cn = Tempo de exposição a um nível específico
Tn = Duração total permitida a esse nível, conforme limites estabelecidos no anexo 01, NR

Para níveis de ruído com valores intermediários será considerado o tempo máximo diário permissível relativo ao nível imediatamente mais elevado.

Exposições a níveis inferiores a 80 dB(A) não serão consideradas no cálculo da dose.

Quando a exposição for a um único nível de ruído o cálculo da dose diária também é feito utilizando a expressão apresentada, ou seja, simplesmente dividindo “C1” por “T1”.

Neste critério, o limite de exposição ocupacional diária ao ruído contínuo ou intermitente corresponde a dose diária igual a 100%.

Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos. (Ruído contínuo ou intermitente)

Curvas de Ponderação

Essas curvas surgiram devido ao facto do ouvido humano não ser igualmente

sensível ao som em todo o espectro de frequências. Um ser humano exposto a dois

ruídos iguais em intensidade, porém distintos em frequência, terá uma sensação auditiva

diferente para cada um deles. Um som de baixa frequência é geralmente menos

perceptível do que um de alta frequência.

Várias curvas foram então propostas na tentativa de se fazer com que os níveis sonoros

captados pelos medidores fossem devidamente corrigidos para assemelharem-se à

percepção do som pelo ouvido humano. Essas curvas de compensação foram designadas

pelas letras A, B, C, D, etc.

A curva de compensação A é a mais indicada para estudo dos incómodos provocados

pelo ruído, tendo em vista os níveis de pressão sonora e as faixas de frequências

predominantes. As curvas de A até D aparecem no gráfico da figura 7 [16, 17, 12]. De

acordo com a curva A, um som de 100 Hz é percebido como 19,1 dB menos intenso do

que um som de mesma intensidade de 1000 Hz.

 

O nível sonoro ponderado pela curva A é dado em dB (A), pela curva B é dado em dB

(B) e assim por diante.

Os cálculos da adição e subtracção de níveis sonoros e a atenuação pela propagação são

igualmente válidos para os níveis sonoros ponderados.

Limite de Tolerância

Entende-se por "Limite de Tolerância", a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.
Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a máxima exposição diária permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado.

Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos.

limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente

Nível DE Ruído

DB (A)

Máxima Exposição Diária
Permissível

85

8 horas

86

7 horas

87

6 horas

88

5 horas

89

4 horas e 30 minutos

90

4 horas

91

3 horas e 30 minutos

92

3 horas

93

2 horas e 40 minutos

94

2 horas e 15 minutos

95

2 horas

96

1 hora e 45 minutos

98

1 hora e 15 minutos

100

1 hora

102

45 minutos

104

35 minutos

105

30 minutos

106

25 minutos

108

20 minutos

110

15 minutos

112

10 minutos

114

8 minutos

115

7 minutos

 

 

 

 

 

 

limites de Tolerância para Ruído do Impacto

 

Medição de ruído

Devido as consequências ou danos que o ruído tem causado a sociedade e geralmente para os trabalhadores, foram criadas algumas maquinas de medicao de ruido para que se possa reduzir e controlar o ruído.

§  Decíbelimetro - Éum instrumento de medição feitopara medir o ruído de qualquer meio ou ambiente. É chamado também de medidor de nível de pressão sonora, ele é usado principalente para garantir que o ruído gerado em determinado local não esteja fora do permitido em termos legais e também de saúde, garantindo principalmente condições de trabalho própicias.

Esse estrumento mede a pressão sonora, a intensidade e o volume do som que está sendo emitido no ambiente.

§  Sonómetro – o sonómetro mede o nível de pressão sonora ponderado A, e permite assim a obtenção de um valor que corresponde à sensação comque o Ser Humano percebe o ruído em análise.

Quando o Sonómetro possibilita a realização de análises em frequência, a avaliação do

ruído é ainda mais precisa, já que para além da respectiva amplitude, também a sua

“qualidade” fica determinada.

O Sonómetro permite a obtenção de diversos indicadores de ruído:

- instantâneos;

- médios;

- estatísticos ou níveis percentis6 (por exemplo: L95, L50, L10);

- máximos, mínimos (Lmax, Lmin).

A avaliação do ruído é, em geral, efectuada em termos do indicador LAeq, podendo no

entanto, em situações particulares, ser conveniente a utilização do LAeq em conjunto

com outros indicadores.

Medidas de Controle na Fonte

 

Controle do Ruído são medidas que devemos tomar, no sentido de atenuar o efeito do ruído sobre as pessoas. Controle não significa supressão da causa, mas sim, uma manipulação do efeito.

É importante lembrar que não existem soluções mágicas que indiquem quais as medidas que irão solucionar um problema de excesso de barulho. Nós devemos utilizar os nossos conhecimentos sobre acústica, além de um conhecimentos detalhado do processo industrial.

Antes de uma análise mais detalhada do problema, devemos observar alguns dados de ordem geral, para termos uma ideia mais precisa sobre a dimensão da questão e, ao mesmo tempo, provocarmos reflexões quanto a soluções.

Eis alguns factores que devem ser observados :

*      Avaliação da exposição individual;

*      Características do campo acústico;

*      Condições de comunicação oral;

*      Tipo de ruído;

*      Tipo de exposição;

*      Número de empregados expostos;

*      Características do local;

*      Ruído de fundo.

De um modo geral, o controle do ruído pode ser executado tomando-se as seguintes medidas :

*      Controle do ruído na fonte;

*      Controle do ruído no meio de propagação;

*      Controle do ruído no receptor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A fonte é a própria causa do ruído.

O ruído na fonte pode ser causado por fatores:

*      Mecânicos;

*      Pneumáticos;

*      Explosões e implosões;

*      Hidráulicos;

*      Magnéticos.

 

As causas mecânicas dos ruídos são devido à choques, atritos ou vibrações. Portanto, devemos observar nas fontes causadoras de ruído, a possível substituição do elemento nessas condições, ou então, a diminuição da intensidade desses choques, atritos ou vibrações. Como exemplo, colocamos alguns processos de alto nível de ruído e seu equivalente menos ruidoso:

Rebitagem Pneumática, Solda, Equipamentos pneumáticos, Equipamentos eléctricos ou mecânicos, Trabalho de metal a frio, Trabalho de metal a quente, Trabalho por jato de ar, Trabalho mecânico, Queda de materiais, Transporte contínuo.

 

Os ruídos pneumáticos ocorrem pela turbulência do ar dentro do duto, e por vibrações da tubulação. Geralmente esses ruídos são causados por variações da secção do duto ou por sua rugosidade superficial interna. O maior ruído causado por fontes pneumáticas reside no escape do gás sob pressão. As soluções podem ser :

Diminuição da turbulência pela diminuição da secção dos ductos;

*      Câmaras atenuadoras;

*      Câmaras de expansão de gases;

*      Desvios para atenuação de várias frequências;

*      Câmaras com material absorvente

*      Projectos de bicos de jatos de gás com atenuadores de pressão.

 

As causas hidráulicas são semelhantes às pneumáticas. Devemos lembrar que, em tubulações hidráulicas, podem ocorrer bolhas e o fenómeno da cavitação, que são grandes causadores de ruído. A solução para o ruído em sistemas hidráulicos é a eliminação de grandes variações de pressão.

As explosões e implosões se referem a mudança súbita de pressão da gás contido numa câmara. Para máquinas que trabalham a explosão, dada a própria natureza da máquina, controlar a explosão significa mudar a essência da máquina. Nesses casos procuramos controlar o ruído na trajectória.

 

As causas magnéticas são devidas a vibração das bobinas eléctricas.

Devemos sempre ter em mente que os choques, atritos e vibrações são causas de ruídos em máquinas. Eis alguns exemplos que mostram isso

*      Substituição de engrenagens metálicas por plástico;

*      Redução da área vibrante;

*      Balanceamento;

*      Diminuição da rotação de exaustores.

 

Outro factor importante que não devemos esquecer é a manutenção . Eis algumas sugestões :

*      Boa lubrificação onde há atrito;

*      Motores a explosão bem regulados;

*      Abafadores e silenciadores de motores conservados;

*      Motores bem balanceados.

 

Controlo de ruído no Meio de Propagação

 O meio é o elemento transmissor do ruído, que pode ser o ar, o solo ou a estrutura do prédio.

Quando não é possível o controle do ruído na fonte, ou a redução obtida foi insuficiente, então devemos passar a considerar medidas que visem controlar o ruído na sua trajetória de propagação.

Podemos conseguir isso de duas maneiras :

·         Evitando que o som se propague a partir da fonte;

·         Evitando que o som chegue ao receptor.

 

Isolar a fonte significa construir barreiras que separem a máquina do meio que a rodeia, evitando que o som se propague. Isolar o receptor significa construir barreiras o meio do operário. Em qualquer uma das opções teremos vantagens e desvantagens : o isolamento da fonte teremos a dificuldade de evitarmos a propagação do som, pois a energia acústica é maior em torno da fonte; enquanto teremos a vantagem do ruído não se propagar por todo o ambiente, mantendo o local salubre. O isolamento do receptor tem a facilidade de isolarmos o som, pois ao chegar ao receptor sua intensidade será pequena, mas teremos a desvantagem da propagação do som por todo o ambiente.

O som utiliza duas vias de propagação :

·         O ar

·         A estrutura.

O receptor é o operário.

Quando todas as medidas de controle de ruído falharam, devemos considerar a protecção individual. Devemos sempre lembrar que recorremos ao controle individual somente em casos extremos e nunca como primeira ou única medida.

Antes da aplicação de aparelhos de proteção individual, existem algumas medidas que podem diminuir os efeitos do ruído sobre os operários. Eis algumas :

·         Rotação de turnos: a diminuição do tempo de exposição diminui o risco de perda auditiva. Essa rotação é de difícil aplicação na prática e cria sérios problemas à produtividade.

·         Cabines de repouso: são cabines a prova de som, onde o trabalhador exposto a altos níveis de ruído pode descansar por alguns minutos. Na Europa, muitas empresas têm implantado essas cabines. Normalmente o tempo de repouso é de 5 minutos para cada 55 minutos de trabalho.

O pesquisador de doenças do trabalho Dr. W. Dixon Ward descobriu que o problema de expor uma pessoa ao ruído intenso e depois deixá-la repousar, faz com que o tempo de recuperação da sensibilidade auditiva seja cada vez maior. Assim, fica em dúvida a eficiência das cabines de repouso ou os ciclos de exposição/repouso, bem como a rotação de turnos.

 

Os Protectores Individuais

O último dos recursos a ser considerado num problema de redução dos efeitos do ruído são os protectores individuais. Podem ser de 4 tipos :

·         De inserção (tampões)

·         Supra-auriculares

·         Circum-auriculares (conchas)

·         Elmos (capacetes).

 

Os protectores de inserção são dispositivos colocados dentro do canal auditivo, podendo ser descartáveis ou não-descartáveis. Os descartáveis podem ser de material fibroso, ou de cera, ou de espuma. Os não-descartáveis, de borracha, devem ser esterilizados todos os dias. Os de espuma (moldável), são descartáveis, perdendo sua eficiência na primeira lavagem.

Os protectores supra-auriculares são provisórios, e usados em visitas e inspecções. São bastante incómodos e proporcionam pequena protecção contra o ruído.

Os protetores circum-auriculares, também conhecidos como conchas, são semelhantes aos fones de ouvido, recobrem totalmente o pavilhão auditivo, assentando-se no osso temporal. Fornecem uma boa protecção ao ruído, ao mesmo tempo permitindo uma boa movimentação do operário e reduzindo as precauções higiénicas ao mínimo.

Os protectores de elmo (capacetes) são pouco usados. Eles cobrem hermeticamente a cabeça, se constituindo numa tentativa de solucionar os problemas de ruído, protecção dos olhos, respirador e capacete. Tiram a liberdade de movimentação do operário, além de causar ressonâncias internas que podem aumentar os problemas de ruído.

Actualmente, os protectores mais usados são os de inserção (pugs ou tampões) e os circum-auriculares (conchas).

Comparação entre os protectores auditivos

É importante lembrar que :

·         Os protectores tipo concha são mais eficientes que os tampões;

·         Ambos os tipos são mais eficientes a altas frequências, sendo praticamente nula A sua protecção para sons graves;

·         A utilização de protectores auriculares em uma empresa deve ser precedida de um programa de treinamento e conscientização dos funcionários;

·         Os protectores de inserção (tampões) são de difícil adaptação, podendo gerar infecções e irritações na canal auditivo;

·         A atenuação citada pelas indústrias de protectores, se refere à ensaios realizados em laboratório, dificilmente alcançada no ambiente industrial.

Devemos sempre lembrar que os protectores individuais diminuem o contacto do trabalhador com o meio ambiente. Isso tem sérios desdobramentos, como :

·         Aumento dos acidentes de trabalho;

·         Não comunicação com os outros funcionários;

·         Aumento da tensão e irritação;

·         Queda da produtividade.

Portanto os protectores individuais devem ser considerados apenas como última solução, ou numa situação de emergência.

 

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